História do Machine
MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA TEM A COORDENAÇÃO DO MACHINE E O APOIODA EQUIPE MACHINE

JOSÉ CARLOS FARIA CAETANO mais conhecido como Machine, Síndico da Passarela do Samba é casado, tem 4 filhas e 7 netos. Ele tem 63 anos de idade, nasceu em Jacarepaguá, foi criado em São João de Meriti precisamente no Éden, conta que toda sua família veio do samba. Ele é referência de samba no Brasil. Desde 1984 é responsável por coordenar e preparar o palco por onde desfilam as principais escolas de samba do Rio de Janeiro. Tudo começou ainda quando criança, nas brincadeiras e em casa quando riscava o chão como passista e mais tarde foi trabalhar como faxineiro na Sapucaí e nunca mais abandonou os passos do samba. Fundou a primeira escola mirim “Corações Unidos do Ciep” e logo foi convidado no Governo de Leonel Brizola para coordenar o projeto e hoje as suas responsabilidades são gigantescas. Ex-integrante da ala de passistas do Grêmio Recreativo Escola de Samba (G.R.E.S)Beija-Flor de Nilópolis, Machine, o síndico do sambódromo ganhou o apelido em 1987, durante uma viagem à França. Em uma de suas apresentações, foi chamado de “La Machine du Samba”, ou seja, “a Máquina do Samba”. Um espectador francês levantou-se e começou a gritar: “Machine, Machine!” Sem saber o que se tratava, o passista perguntou para o carnavalesco na época, Joãzinho Trinta, o significado da palavra.
Braço direito do Diretor de carnaval da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA), Elmo José dos Santos, Machine está no posto há mais de 25 anos – primeiro como funcionário da RIOTUR, e só depois da LIESA. Ele conta que é tão apaixonado pelo carnaval que se muda, literalmente da palavra, para o Sambódromo e convoca a equipe – composta por90 pessoas que trabalham nos Ensaios Técnicos e 21 pessoas que trabalham no Carnaval – no mês de novembro para dar início ao acompanhamento dos trabalhos de montagem das estruturas provisórias, camarotes, praças de alimentação, sala de imprensa e cabines de rádio, além da instalação de fornecimento de energia e água, e só sai em maio do ano seguinte, quando ele dar por encerrado a desmontagem da estrutura do Carnaval e entrega a chave à Riotur, para a realização do próximo evento. Na foto da esquerda para a direita: Anísio, Machine e Elmo
Quando começa os trabalhos, Machine, “o Sindico da Passarela do Samba” reuni sua equipe no final de semana e distribui as funções. Uma equipe fica responsável pelo desembarque dos componentes dos ônibus e orienta os motoristas a seguirem até o setor 12 ou 13, para estacionar os veículos no interior do Sambódromo até o final do Ensaio Técnico, sem causar transtorno ao trânsito em torno do sambódromo; outra equipe é responsável pela locomoção do carro de som durante os Ensaios Técnicos de todas as escolas de samba do grupo especial e de acesso, além de, se posicionara frente do carro de som durante sua locomoção na avenida, para dar total segurança aos componentes da bateria, que vem a frente deste carro. Está função é primordial e exige muita visão no que diz respeito à segurança e à logística do desfile; outra função de extrema importância é a do integrante que trabalha sozinho na entrada da frisa do setor 3. Este setor é destinado aos turistas, celebridades, presidentes das agremiações, diretores de carnaval e de harmonia, casais de mestre-sala e porta-bandeira, profissionais da imprensa e das pessoas com idade acima de 60 anos que precisam ter uma maior comodidade durante os ensaios.
Todas essas funções e outras exigem conhecimento, organização, agilidade e principalmente muita cautelada equipe, para lidar com o público.
Atualmente, o amigo Marcelo Bola e uma das filhas do Machine, Viviane Caetano, são o braço direito dele, pois na sua ausência, eles comandam o andamento dos segmentos nos ensaios técnicos e nos desfiles além de conduzir e resolver qualquer problema, se necessário.
Para muitos, o carnaval tem dia e hora para acabar, mais paraesses guerreiros dura o ano inteiro, pois sempre que possível, o Machine convoca um representante da equipe para comparecer aos eventos quando convidado.
Não há nada que passe desapercebido.Casais de mestre-sala e porta-bandeira, comissões de frente, alas coreografadas e baterias ensaiam até a madrugada sob os olhares da equipe.
“Tenho muito orgulho de ter ensinado um pouco de minha arte para os mestres-salas como Julinho (G.R.E.S Viradouro),Sidclei (G.R.E.S Salgueiro), Fabrício (G.R.E.S São Clemente) e muitos outros. Ver esses bambas brilhando na avenida é um presente. Faço questão de estar sempre por perto”, relata emocionado José Carlos.
A rotina de trabalho é árdua. Todos os dias, no período de Carnaval e de Ensaios Técnicos, Machine acorda às 10h e trabalha até às 6h da manhã com integrantes da equipe.Segundo o Machine, o critério usado para trabalhar na equipe é a humildade. O profissional tem que gostar de Carnaval, ter paciência, ser educado com os componentes e ao público que prestigiao Maior Espetáculo da terra.
– “Só tem gente boa trabalhando na minha equipe. Gente que entende o que é o trabalho. Se o cara pisar na bola, infelizmente, temos que substituir rápido, porque quando chega o carnaval o trabalho aumenta”, relata.
Machine está diretamente envolvido em Projetos referente ao samba, um deles é a realização do Prêmio Machine – Bastidores do Carnaval Carioca, criado em 2016, idealizado por Catia Calixto, e Coordenado por Denise Pinto Pereira e Elisabeth Rodrigues que deram vida a esse ideal no sentido de homenagear o Síndico da Passarela e o outro é a Associação Cultural Assistencialista ao Sambista – A.C.A.S.A criado em 2019, cujo objetivo é atender todos os sambistas que precisarem de assistência médica, jurídica e outros.
Observando anos após anos o Carnaval, e principalmente, a passarela do samba, a direção do Prêmio Machine chegou à conclusão de que se fazia necessário homenagear e premiar os anônimos da Sapucaí: pessoas que preparam, conservam eilustram a avenida de aproximadamente 700 metros de comprimentos.
Viviane dos Santos Caetano é a filha mais velha do Machine e secretária da equipe.Tudo começou quando Viviane, recorreu a seu pai, em busca de uma oportunidade de emprego.
“Não pensem que tive moleza por ser filha do Machine. Limpei muitos banheiros de arquibancada no Sambódromo e um dia ele me deu uma oportunidade, para compor a equipe”, revela.
Atualmente, atuando como secretária do Síndico da Sapucaí nos Ensaios Técnicos e no Carnaval, ela se junta aos demais para recolher parte das fantasias que ficam na pista para não atrapalhar na evolução, oferece água aos desfilantes, acompanha as personalidades até o seu destino e é conhecida por muitos como anjo d`guarda.
“Não deixo nada e ninguém passar quando o casal de mestre-sala e porta-bandeira estão se apresentando. Nada pode atrapalhar a evolução do casal”, declara.
Enfim, atitudes como essas mencionadas na matéria, fazem os sambistas encherem o peito de orgulho e dizer que o Carnaval do Rio de Janeiro é o maior e melhor espetáculo da terra.



Atenciosamente,
Jaqueline Alves
Assessora de Imprensa
